Sábado, Maio 4, 2024
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O conflito árabe-israelense e o movimento pacifista

Diante dos horrores da guerra permanente no oriente médio  e a recente escalada de um conflito histórico entre palestinos e israelenses, o mundo inteiro segue buscando explicações para a violência naquela região, além de administrar todos os desdobramentos que ela gera para a comunidade internacional.  Não obstante, os esforços diplomáticos e mesmo as saídas propostas nas instâncias multilaterais, a guerra naquela região é um dos maiores desafios para o encontro do mundo ocidental e sua própria versão oriental que remonta nossa ancestralidade. Nesse contexto adentramos à busca pela compreensão entre guerra e paz. 

O movimento pacifista nasceu com força e se consolidou na década de 1950, no final da segunda guerra mundial e suas barbáries por meio de diversas iniciativas da sociedade civil europeia. Dentre elas, destaca-se o Mouvement mondial des partisans de la paix, em Paris, que envolveu intelectuais europeus e artistas. É interessante perceber a magnitude desse movimento. O símbolo da pomba criado por Pablo Picasso tornou-se um ícone visual associado à busca pela paz. Os movimentos que promovem a difusão de mensagens pacifistas promovem, portanto, a consciência destes ideais em tempos difíceis. Os membros do movimento pacifista defendem a paz, mas existem muitas diferenças entre eles. 

Vale dizer que no contexto em que nos situamos com impasses que acirruam os ânimos dos entes nacionais e subnacionais, o direito de guerra viola tudo o que é verdadeiramente humano. É absoluto porque está isento de qualquer princípio jurídico ou controle. Considerar a paz um valor absoluto significa aceitar sua supremacia. A força etimológica do termo absoluto reside no fato de que ele é livre e completamente incondicionado, mas no plano da realidade a questão ainda reside em uma instância complexa desafiando a história, a filosofia e a razão de ser da humanidade. No momento em que os olhos do mundo se voltam para o conflitos áreabes-israelenses diversos massacres sequem acontecendo por todo o planeta, vide a guerra entre a Rússia e a Ucránia.

Nesse momento, o conflito entre Israel e o grupo Hamas tem origem na disputa por territórios que já foram ocupados por diversos povos, como hebreus e filisteus e suas descendências. O acirramento desses conflitos se perpetuou em diferentes momentos, guerras e ocupações, onde de ambos os lados há massacre e violações de direitos humanos de populações inteiras. Neste momento, todos rogamos por um corredor humanitário para o resgate de pessoas e um cessar-fogo para que a paz, ainda que distante, venha ser um objetivo comum para todos.

Por Roberto Rosa, ativista político.