Sábado, Maio 4, 2024
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CABO FRIO TEM LEI ?

Durante a semana vimos uma série de acontecimentos bizarros através da imprensa local que chocaria muita gente, se tais fatos tivessem ocorrido em qualquer outro lugar, mas não em Cabo Frio. A instalação do tal parque de diversões sobre a Praça do Moinho no bairro Peró, não só foi um absurdo como uma demonstração de descalabro total do atual governo. 

Não bastassem as declarações de assessores da prefeita dizendo que, mais uma vez, ela havia assinado um despacho sem ler.  Ao colocar a público a situação através de seus canais, a jornalista Renata Cristiane de Oliveira foi hostilizada pela tropa de choque da prefeita, mas ela não se intimidou e buscou as vias legais (caminho ao qual parece ser estranho ou desconhecido da atual gestão) levando a anulação da licença e a desmontagem da “atração” liberando o espaço, que é público, para uso da população e turistas. O assunto repercutiu até mesmo na Alerj e foi o estopim para trazer à tona várias outras questões que seguem sem resposta.

Um governo que, em tão pouco tempo, já traz elementos que, em qualquer outro lugar, já seriam suficientes para um eventual processo de impedimento, visto a quantidade de evidências materiais de improbidade e descumprimentos da lei. Vide os contratos questionáveis com veículos de comunicação, empresas ligadas à familiares da prefeita, contratações de portariados fora do que a lei permite, abandono de contratos já licitados da antiga gestão, dentre outros.

Mas se as bizarrices ficassem restritas apenas ao gabinete da prefeita, seria mais protocolar. O que acontece é que, depois do caso do parquinho, inúmeras denúncias de vários setores da cidade começam a vir aos holofotes da sociedade como em Tamoios. Há relatos, por exemplo, de que,  locatários de imóveis comerciais  precisam pagar, além do aluguel, taxas semanais para  milicianos e traficantes para que seus negócios continuem funcionando. Muitos que lá estão, não suportaram permanecer e estão fechando as portas, migrando para outros lugares. Além da máfia da lotada que, essa a Salineira parece não ver ou saber que existe,  já que nunca houve barreiras de agentes de trânsito como acontece em todo verão na estrada de Arraial e no IFF na estrada de Búzios para coibir transporte irregular de passageiros. Além da total desordem social do Segundo Distrito, ainda há o abandono estrutural que é comum na cidade inteira.

Muito se questiona sobre as prioridades da atual gestão. Muitos viram a eficiência da prefeita em resolver em poucos minutos a questão dos cartões de crédito sem limites que abastecem os veículos  do primeiro escalão do município, mas não se sabe ainda o porquê da prefeita não conseguir pavimentar uma rua sequer na periferia e quando questionada em público, viaja a Brasília às custas do erário público. A cidade está feia e os visitantes, por unanimidade, dizem que o sentimento é de tristeza em ver a cidade assim. Não sabem eles que o que os entristece, a nós, causa vergonha. O que me deixa uma pergunta às autoridades como vereadores, Ministério Público, Ilm⁰ Sr. Miguel Alencar,  Presidente da Câmara, sociedade civil em geral: Cabo Frio tem lei?

Por Mardônio Gomes