O mundo está em estado de guerra. Os conflitos entre ucranianos e russos têm se intensificado enquanto os olhos do mundo se voltam para Gaza no Oriente Médio. O Iêmen segue em guerra civil e se declara contra Israel, a Venezuela aventa a reincorporação da Guiana a seu território, tensões separatistas crescem em Taiwan, Líbano e Egito já se colocam em estado de atenção, kin Jong-un segue com seus exercícios militares, as autocracias na américa latina se fortalecem e a África Subsaariana vive em estado de tensão constante. Apesar de tudo isso, o mundo prefere se voltar para o “direito de defesa de Israel”.
O certo é que, independentemente de qual guerra esteja acontecendo, os EUA estarão lá. Nada melhor do que uma guerra para financiar com a desculpa de salvar a humanidade para melhorar seu rating político na comunidade internacional. Será mesmo?
O hegemonismo estadunidense tem deixado pelo caminho uma enorme mancha de sangue nos mapas continentais. As intervenções em nomes de interesses colonialistas têm deixado um rastro de destruição, genocídio e sofrimento por onde passa. Está claro que a diplomacia e a paz mundial são os últimos dos objetivos.
A internet tem trazido à tona narrativas, retóricas, versões das mais variadas a ponto de não se falar mais sobre Rússia e Ucrânia desde 8 de Outubro. Enquanto isso, resta se perguntar o que tem mais peso ou relevância na opinião pública: se o número de likes nos flashes de crianças mutiladas ou se o número de corpo deixados pela supremacia do imperialismo econômico estadunidense. Os abutres da grande mídia já têm a sua resposta. E nós? Nós seguimos consumindo o que eles nos dão como senso comum e ruminando nossa própria ignorância.
Por Mardônio Gomes
