Os sucessivos aumentos da Petrobras no preço dos combustíveis está provocando efeitos desastrosos na economia brasileira. O novo aumento do óleo diesel, de 8,9%, provocou uma reação do setor de transportes públicos no Estado do Rio de Janeiro.
A preocupação não só dos consumidores, mas também das concessionárias de transportes públicos que que em conjunto emitiram um alerta. E segundo o Sindicato das Empresas de Transporte da Costa do Sol e Região Serrana (Setransol), o reajuste provoca grave risco de racionamento de combustível através da redução de ônibus nas áreas atendidas. Ou seja, há real possibilidade de paralisação do transporte público nessas regiões, segue a nota:
Por conta dessa crise, já é considerada a redução de ônibus em horários de menor movimento durante a manhã, tarde e noite, e também nos finais de semana, com o intuito de priorizar a manutenção do serviço. Segundo o sindicato, a atitude tem como objetivo evitar que os ônibus parem de circular. “A medida visa impedir o colapso dos sistemas de transporte a curto prazo, estes que são responsáveis pelo deslocamento diário de milhares de pessoas que dependem diretamente dos ônibus e os têm em muitos casos como único meio de transporte”, afirma.
As empresas têm como principal combustível o diesel que, desde o início do ano, acumula alta de 47% – de acordo com a Petrobras -, fazendo com que os operadores do sistema não encontrem alternativas para garantir a compra da quantidade necessária. Além disso, conforme o sindicato, a falta de auxílio dos governos municipais, estadual e federal têm provocado acúmulo de prejuízos nas contas das concessionárias, pois os custos operacionais também estão em constante crescimento.
Além disso, a Sentransol afirma que é necessário que o poder público adote medidas que garantam a continuidade do transporte público, já que se trata de um serviço essencial para o público. “A ausência de medidas efetivas também gera impacto na segurança pública, pois milícias têm se instalado em áreas que o sistema de transporte já tem demonstrado deficiência no atendimento, ameaçando a população que se vê obrigada a utilizar um serviço clandestino, sem regulamentação e operado por grupos criminosos”, conclui.