Sábado, Setembro 14, 2024
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Ministro Gilmar Mendes ‘trava’ celulares do Faraó dos Bitcoins: ‘risco de dissipação de patrimônio’

Em, pelo menos, um dos aparelhos, há uma carteira de criptomoedas com valor correspondente a R$ 74,2 milhões. Audiências do caso tiveram início nesta quarta (24)

A defesa de Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos Bitcoins, acusado de liderar um esquema baseado em criptomoedas, que teria lesado os investidores em até R$ 10 bilhões, teve um recurso negado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes relacionado à tentativa de recuperar a posse de aparelhos eletrônico apreendidos do dono da empresa GAS Consultoria, que prometia lucros mensais de 10%.

Em relação aos recurso de Glaidson para reaver notebooks, tablets e celulares apreendidos pela Polícia Federal (PF), os advogados alegaram que os aparelhos possuem provas às quais a defesa não teve acesso. 

Gilmar Mendes, no entanto, negou o pedido de entrega dos aparelhos, seguindo o posicionamento da Justiça Federal do Rio de Janeiro, que informou ao magistrado que os defensores do Faraó dos Bitcoins já tiveram amplo acesso ao acervo de provas e que haveria riscos na devolução dos equipamentos.

Isso porque, segundo a PF, “Há grande possibilidade de dissipação de patrimônio” porque, em, pelo menos, um dos aparelhos, há uma carteira de criptomoedas com valor correspondente a R$ 74,2 milhões.

Em junho, Gilmar Mendes também decidiu manter a prisão do Faraó dos Bitcoins após a defesa impetrar um pedido da habeas corpus alegando problemas psiquiátricos.

Nesta quarta-feira (24), a Justiça do Rio de Janeiro iniciou a primeira audiência para ouvir as testemunhas do processo contra as operações comandadas por Glaidson. A segunda audiência está marcada para o dia 4 de setembro.

Antes do início da audiência, o juiz da 1ª Vara Criminal Especializada de Combate ao Crime Organizado Gustavo Kalil negou um pedido da representação de Galidson de suspensão das oitivas, que começaram por volta das 15 horas com a presença do Faraó dos Bitcoins através de videoconferência, da Penitência Federal de Catanduvas, no Paraná, onde ele se encontra preso.

A primeira testemunha ouvida, o delegado Guilherme Catramby, detalhou sobre a Operação Kryptos, que resultou na prisão de Glaidson em agosto de 2021, além do modus operandi da quadrilha e a participação do Faraó dos Bitcoins no esquema.

Outras testemunhas ouvidas foram os policiais Ricardo Santos da Silva e Carlos Magno de Sousa, que falaram sobre a suposta participação de Glaidson no assassinado de Wesley Pessano em São Pedro da Aldeia (RJ), o policial Rubens Barbosa da Silva, que abordaram sobre a tentativa de homicídio de Nilson da Silva e João da Silva, supostamente a mando de Glaidson.

O juiz ainda ouviu os depoimentos do policial Guilherme Ferreri, sobre o funcionamento da organização criminosa, o segurança de banco e investidor de criptomoedas Wellington Câmara, que negou ter sofrido ameaça pela atuação dele no mercado, a diretora da Divisão de Evidência Digitais e Tecnologia do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), Maria do Carmo Gargalhone, a respeito das técnicas nas perícias usadas nas investigações. 

*Com informações do Cointelegraph e RC24h