O estudante de 17 anos que deu uma esponja de aço para uma professora no Distrito Federal alegou, em depoimento à Polícia Civil, que o ato era uma “brincadeira” do Dia Internacional das Mulheres e que não havia conotação racista. As informações são do delegado-chefe adjunto da Delegacia da Criança e do Adolescente II, em Taguatinga (DF), Flávio Messina, responsável pela abertura do inquérito.
— Ele não negou que entregou o produto. Afirmou que não teve contexto racial e que a ideia era, segundo ele, fazer uma brincadeira alusiva ao dia das mulheres tentando sacanear a namorada e a professora no sentido de dizer que lugar de mulher é na cozinha — contou Messina. — Ele admite que houve uma referência machista e hoje reconhece que estava sendo ofensivo, mas nega o racismo.
O caso aconteceu no Dia Internacional da Mulher e veio à tona na segunda-feira (13), depois de um vídeo feito por um colega do estudante começar a circular nas redes sociais. Além da professora, ele também deu uma esponja de aço para a namorada. Depois da repercussão, o estudante mudou a escola.