Quinta-feira, Julho 4, 2024
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Defesa de Glaidson Acácio, o Faraó dos Bitcoins, pede soltura ao STF alegando problemas psiquiátricos

O ex-garçom está preso preventivamente desde 2021 – acusado de montar uma pirâmide financeira disfarçada de investimento em bitcoins cujo epicentro foi a cidade de Cabo Frio, na Região dos Lagos, e que teria movimentado cerca de R$ 38 bilhões.

Defesa pede que caso fique com justiça estadual

Na solicitação apresentada nesta terça, a defesa ainda sustenta que o empresário não deveria responder as acusações na Justiça Federal. Atualmente, Glaidson é réu em oito processos.

A justificativa da defesa é que os esquemas que o Ministério Público Federal (MPF) atribui a Glaidson não tratam de crime contra o sistema financeiro nacional, mas de suposto crime contra a economia popular, cuja competência é da justiça estadual.

Além disso, no HC a defesa destaca que o crime de fraude com criptoativos foi tipificado em 2022, mas que, antes disso, o “Faraó dos Bitcoins” foi acusado do crime de estelionato – o que não corresponderia aos fatos.

Contudo, caso as prisões preventivas de Glaidson Santos não sejam revogadas pelo STF, a partir da anulação das decisões da Justiça Federal contra ele, a defesa do “Faraó dos Bitcoins” pede que ele fique em prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica.

Glaidson Acácio dos Santos, o "faraó dos bitcoins", na época em que prestava consultoria em criptomoedas — Foto: Reprodução

Glaidson Acácio dos Santos, o “faraó dos bitcoins”, na época em que prestava consultoria em criptomoedas — Foto: Reprodução

Desta vez, quem analisará os pedidos do Glaidson será o ministro Gilmar Mendes. Mas ainda não há data para que o pedido de liberdade seja julgado.

Outros recursos

Não é a primeira vez que os advogados do ex-pastor recorrem ao STF na tentativa de livrá-lo da cadeia.

Em 2021, o ministro Alexandre de Moraes negou um pedido de habeas corpus e o manteve preso.

O ex-garçom já tinha sofrido derrotas na Justiça antes, ao ter pedidos de liberdade negados na Justiça do Rio, no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) e no Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Atualmente, Glaidson está preso na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná.