Terça-feira, Novembro 26, 2024
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AÇÃO DA POLÍCIA CIVIL CONTRA PROVEDOR DE INTERNET DO TRÁFICO

Em Cabo Frio, criminosos vandalizam as redes instaladas, cortando cabos e ateando fogo em equipamentos, impedindo e ameaçando funcionários das concessionárias no Manoel Correa e Jardim Nautilus.

Policiais civis da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) realizam, nesta quinta-feira (18), uma operação contra uma empresa de provedor de sinal de internet, telefonia e de TV associada a facções criminosas. Chamada de “http://xn--trfico-qta.com/”, a ação tem como objetivo cumprir nove mandados de busca e apreensão em endereços na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio.

As investigações mostram que a empresa tem clientes em comunidades ocupadas pela facção na capital do Rio de Janeiro e nos municípios de Niterói, Cabo Frio, na Região dos Lagos e São João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde explora esse tipo de serviço com exclusividade.

De acordo com a DDSD, a firma paga valores semanais às lideranças do tráfico nessas comunidades para que outras empresas que prestam o mesmo serviço sejam impedidas de atuar nesses locais, criando um monopólio que favorece o provedor associado ao crime organizado.

Traficantes expulsam das comunidades os técnicos de empresas de telefonia que tentam instalar redes que não sejam do provedor associado às facções, fazendo ameaças com armas de fogo.

Os criminosos também vandalizam as redes instaladas, cortando cabos e ateando fogo em equipamentos, impedem e ameaçam funcionários das concessionárias que tentam fazer os reparos. Foram identificadas ações dessa natureza nas comunidades do Morro dos Macacos (Vila isabel), Manoel Correa e Jardim Nautilus (Cabo Frio), Vila Tiradentes (São João de Meriti), Jacaré (Niterói) e Dendê (Ilha do Governador).

Estima-se que a empresa tenha, somente nessas áreas, mais de 20 mil clientes, totalizando um faturamento bruto mensal de mais de R$ 1 milhão.

A ação deflagrada nesta quinta-feira busca obter novos meios de prova que possibilitem a identificação de todos os envolvidos na organização criminosa investigada, bem como levantar elementos que apontem para o envolvimento da empresa com traficantes ou milicianos de outras comunidades.