Ato de repúdio acontece nesta sexta-feira (14), na Praça do Canhão, com participantes vestindo preto ou marrom em sinal de luto ambiental
São Pedro da Aldeia será palco de uma manifestação em defesa da Lagoa de Araruama, marcada para esta sexta-feira (14), às 16h, na Praça do Canhão. O ato tem como objetivo denunciar o que os moradores chamam de “colapso” ambiental da lagoa. Os organizadores pedem que os participantes compareçam vestidos de preto ou marrom, simbolizando o luto pela degradação do ecossistema.
A mobilização surge após denúncias de que um trecho da lagoa se transformou em um “pântano de algas, lama e esgoto in natura”. Imagens registradas por moradores mostram a água coberta por uma camada espessa de sujeira, resíduos sólidos e vegetação em decomposição, evidenciando um grave problema de poluição.
O contraste entre a situação da lagoa e a recente certificação Bandeira Azul concedida a praias vizinhas, como a Praia do Caiçara (Arraial do Cabo), a Praia dos Ubás (Iguaba Grande) e a Praia das Pedras de Sapiatiba (São Pedro da Aldeia), reforça a preocupação dos manifestantes. O selo internacional atesta a qualidade ambiental e a limpeza das águas em locais que seguem critérios rigorosos de gestão ambiental e segurança.
Diante das críticas, a Prolagos, concessionária responsável pelo saneamento básico na Região dos Lagos, afirmou que participa de vistorias técnicas junto ao Comitê de Bacias Lagos São João, o INEA (Instituto Estadual do Ambiente) e as secretarias municipais de Meio Ambiente para buscar soluções. A empresa garantiu que o sistema de esgotamento sanitário opera normalmente, mas destacou que fatores naturais, como ventos, marés, chuvas, temperaturas elevadas e a baixa profundidade da lagoa, influenciam sua aparência.
