Em 2021, a pandemia da COVID-19 foi responsável por ao menos um quarto da orfandade em território cabofriense e, até este ano de 2024, pode ter deixado até 21 crianças e adolescentes sem um dos pais
Um estudo inédito realizado pelos Cartórios de Registro Civil do Rio de Janeiro revelou que, desde 2021, uma média de 46 crianças e adolescentes de até 17 anos ficam órfãos de pelo menos um dos pais a cada ano em Cabo Frio. Os dados, que pela primeira vez foram consolidados em nível estadual, também indicam que, em 2021, a Covid-19 foi responsável por aproximadamente um quarto dos casos de orfandade no município, com 6 crianças perdendo seus pais devido à doença, de um total de 25 órfãos naquele ano.
A pesquisa abrange o período de 2021 a 2024, e foi possível graças ao cruzamento dos dados de CPFs dos pais registrados nos óbitos com os registros de nascimento de seus filhos. Essa metodologia permitiu calcular com precisão o número de órfãos no estado ano a ano. Antes de 2019, a inclusão do CPF dos pais nos registros de nascimento não era obrigatória, o que dificultava esse tipo de levantamento. A exigência passou a ser implementada a partir de 2021, permitindo uma correlação exata entre os dados de falecimentos e nascimentos.
Avanço na coleta de dados
“Graças à inclusão do CPF, foi possível realizar um cruzamento de dados mais preciso entre as bases de registros de óbitos e nascimentos. Isso nos permitiu calcular com exatidão os números de orfandade no estado”, explicou Stênio Cavalcanti Filho, presidente da Anoreg/RJ, associação que coordenou o levantamento.
De acordo com os dados apurados, além dos 25 órfãos registrados em 2021, o número aumentou no ano seguinte, com 38 crianças perdendo ao menos um dos pais. Em 2023, o total subiu para 51 órfãos e, até outubro de 2024, o número já alcançava 70, superando o total registrado no mesmo período do ano anterior.
Impactos da pandemia
O levantamento também destacou o impacto da pandemia de Covid-19 nas taxas de orfandade. Desde 2019, a doença causou a morte de pelo menos 10 pais de crianças em Cabo Frio. Quando são consideradas doenças associadas ao coronavírus, como Insuficiência Respiratória (10 casos) e Causas Indeterminadas (1 caso), o número de órfãos pode chegar a 21. O estudo também revela que outras condições associadas à pandemia, como infarto, AVC, sepse e pneumonia, contribuíram para o aumento do número de órfãos nos últimos anos.
Sobre a Anoreg/RJ
Fundada em 1996, a Associação de Notários e Registradores do Estado do Rio de Janeiro (Anoreg/RJ) completou 25 anos em 2021. Com sede na capital fluminense, a entidade representa os titulares de serviços notariais e de registro em todo o estado, atuando em parceria com outras associações e sindicatos do setor. A Anoreg/RJ também se compromete a colaborar com os poderes constituídos para a melhoria dos serviços prestados à sociedade.
CD. Cabo Frio registra média de 46 rogação anuais desde 2021, apontam cartórios
N. cf – Cartórios de Cabo Frio relevam media de 46 órgãos por ano desde 2021
n. Iguaba – Cabo Frio enfrenta média de 46 órgãos por ano desde 2021, segundo cartórios
FM – Cartórios de registro civil indicam que Cabo Frio tem 46 órfaos por ano desde 2021
N. Arraial – Desde 2021, Cabo Frio apresenta média de 46 órfãos anuais, revelam cartórios
Cabo Frio registra média de 46 órgãos por ano desde 2021, segundo cartórios
Cabo Frio: Cartórios apontam 46 órgãos por ano desde 2021
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A pesquisa abrange o período de 2021 a 2024, e foi possível graças ao cruzamento dos dados de CPFs dos pais registrados nos óbitos com os registros de nascimento de seus filhos. Essa metodologia permitiu calcular com precisão o número de órfãos no estado ano a ano. Antes de 2019, a inclusão do CPF dos pais nos registros de nascimento não era obrigatória, o que dificultava esse tipo de levantamento. A exigência passou a ser implementada a partir de 2021, permitindo uma correlação exata entre os dados de falecimentos e nascimentos.
“Graças à inclusão do CPF, foi possível realizar um cruzamento de dados mais preciso entre as bases de registros de óbitos e nascimentos. Isso nos permitiu calcular com exatidão os números de orfandade no estado”, explicou Stênio Cavalcanti Filho, presidente da Anoreg/RJ, associação que coordenou o levantamento.
De acordo com os dados apurados, além dos 25 órfãos registrados em 2021, o número aumentou no ano seguinte, com 38 crianças perdendo ao menos um dos pais. Em 2023, o total subiu para 51 órfãos e, até outubro de 2024, o número já alcançava 70, superando o total registrado no mesmo período do ano anterior.
O levantamento também destacou o impacto da pandemia de Covid-19 nas taxas de orfandade. Desde 2019, a doença causou a morte de pelo menos 10 pais de crianças em Cabo Frio. Quando são consideradas doenças associadas ao coronavírus, como Insuficiência Respiratória (10 casos) e Causas Indeterminadas (1 caso), o número de órfãos pode chegar a 21. O estudo também revela que outras condições associadas à pandemia, como infarto, AVC, sepse e pneumonia, contribuíram para o aumento do número de órfãos nos últimos anos.
Fundada em 1996, a Associação de Notários e Registradores do Estado do Rio de Janeiro (Anoreg/RJ) completou 25 anos em 2021. Com sede na capital fluminense, a entidade representa os titulares de serviços notariais e de registro em todo o estado, atuando em parceria com outras associações e sindicatos do setor. A Anoreg/RJ também se compromete a colaborar com os poderes constituídos para a melhoria dos serviços prestados à sociedade.
