A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Educação, inaugurou nesta terça-feira (26/11) duas Estações do Saber em duas escolas: Municipalizada de Inoã e Carlos Manoel Costa Lima, no Condomínio Residencial Carlos Marighella, o ‘Minha Casa, Minha Vida’ de Itaipuaçu. Essas foram a segunda e terceira bibliotecas, respectivamente, de um total de oito espaços de leitura que serão entregues nas unidades da rede municipal.
Cada Estação do Saber possui um tótem já na entrada, permitindo que o aluno faça o cadastro por meio de senha e CPF, escolha o livro e o retire de forma automatizada, sem a necessidade de passar pelo bibliotecário – o que agiliza e dá autonomia ao aluno para que possa fazer a escolha dos títulos que mais lhe interessarem. No entanto, um profissional fica no local para prestar assistência.
“Essas Estações do Saber possuem livros que vão fazer na mente dos alunos um desenvolvimento de cada um enquanto ser humano. Cada um poderá fazer, usando essa biblioteca, se apossando dos livros, com que a leitura seja um hábito necessário à existência. Quem lê consegue, a partir do mundo lúdico, do mundo racional, do conhecimento, das esferas de saber que são acumuladas em letras e palavras, ter uma vida mais plena de entendimento do porquê da nossa estada no mundo”, afirmou o prefeito de Maricá Fabiano Horta.
Ambos os espaços contam, além do universo dos livros, de auditório para aproximadamente 20 pessoas, recepção, duas salas com mesas e cadeiras e cinco computadores. Na Estação do Saber “Prof. Elissandra Gomes da Silva Ornelas”, em Inoã, são cerca de 500 títulos e mais de 9 mil livros. Já na biblioteca batizada de “Guilherme Alves Rodrigues”, em Itaipuaçu, são 200 títulos e cerca de 5 mil exemplares à disposição dos alunos.
“É possível ver o brilho no olhar das crianças com a biblioteca. Temos que fazer um pacto, construir alguma ação para firmar um compromisso de incentivo à leitura, um mergulho nesse mundo lúdico que só os livros nos trazem”, acredita o secretário de Governo e vice-prefeito eleito, João Maurício de Freitas.
Incentivo à leitura
O secretário de Educação, Márcio Jardim, lembrou que a cidade vem fazendo investimentos em livros na rede municipal de ensino, com a inauguração de novos espaços de leitura. Vale lembrar, ainda, que durante a nona Festa Literária Internacional de Maricá (Flim), que aconteceu na orla do Parque Nanci entre 01 e 10/11, a pasta investiu R$ 12 milhões em vouchers para alunos de escolas públicas da cidade, além de profissionais e aposentados da rede municipal e bolsistas do Passaporte Universitário.
“Biblioteca é lugar de encontro e todas as crianças que se encontram com o livro podem seguir vários caminhos. O caminho do saber, do conhecimento, da leitura, será sempre o caminho mais seguro para o nosso futuro. Se, na minha gestão, eu não entregasse uma biblioteca, seria o ser humano mais frustrado da vida”, acredita o secretário.
Renata Coube, diretora da Escola Municipalizada de Inoã, se emocionou durante a inauguração. “Em educação, não há custo, mas investimento. Estou muito emocionada. Esse é um espaço que a gente vai fazer muito bom uso, com muito carinho e cuidado. Os nossos alunos vão escrever um futuro lindo, com todo esse universo tem dentro desse espaço”, afirmou.
Já a diretora da E.M. Carlos Manoel, Juliana Moreira, classificou o momento como uma celebração. “O incentivo à leitura e ao aprendizado é um dos pilares mais importantes na formação de nossas crianças e jovens. Vamos oferecer aos nossos alunos um espaço que os inspire a sonhar e estimule o aprendizado. Esperamos que a Estação do Saber não sirva apenas como abrigo para livros, mas também como um farol de esperança e mudança, iluminando o caminho de quem por ela passar”, disse.
Amor pelos livros
Antes mesmo da inauguração das bibliotecas, o gosto pela leitura se destacava entre os alunos que também atuam como monitores na Estação do Saber na Escola Municipalizada de Inoã. As alunas Athany Victória, Mayara Damaia e Sofia Felício, ambas de 14 anos e no 9º ano do Ensino Fundamental II, vivem uma imersão ao mundo mágico proporcionado pelos livros.
Athany lembrou da antiga Sala de Leitura Cecília Meirelles, que funcionava na escola. “Foi uma mudança de repente. A gente ficava em uma sala pequena. Eu já ajudava a catalogar livros, sempre fui apaixonada por isso. Essa nova biblioteca está gigante, está sendo muito legal ficar aqui. Eu tenho uma mini-biblioteca em casa, com 400 livros, a leitura é algo que amo”, contou.
Mayara revelou que a biblioteca é algo que ajudou na timidez. “Desde sempre sou adepta à leitura porque era uma criança um pouco antissocial e os livros sempre foram a minha companhia. Sempre foi a minha oportunidade de viver em outros universos. Quando vi as inscrições abertas para a monitoria, não pensei duas vezes para me inscrever, motivada pelo amor pela leitura e o gosto por indicar livros, principalmente para outras crianças que não tem muito interesse por ler”, comentou.
Sofia conta que aprendeu a prática da leitura nas histórias em quadrinhos (HQ). “Meus pais sempre leram muitos HQ´s para mim. Sempre gostei muito de ler, aprendi com a ‘Turma da Mônica’, e depois de um tempo fui me interessando por livros maiores, por um mundo da leitura maior. Eu sempre gostei bastante de ler e esse amor foi crescendo cada vez mais”, concluiu a estudante.