Patrícia de Paiva Reis, uma bolsonarista de carteirinha, como mostra a foto acima, e o marido, Rafael Machado, internaram à força Maria Aparecida Paiva, de 65 anos, mãe de Patrícia, numa clínica psiquiátrica em Petrópolis. Patrícia já tinha tentado internar a mãe, pelo Samu, em 27 de janeiro. Mas o plano não deu certo. A equipe não constatou nada de errado com Maria Aparecida.
Em relatório, a equipe do Samu que atendeu ao chamado da filha de Maria Aparecida informou que a paciente, que apresentava discurso coeso, linear e coerente, sem presença de delírios ou algo que sugerisse transtorno psiquiátrico de agressividade. Este deve ser o jeito bolsonarista de defender a família.
Para a equipe, a vítima, Maria Aparecida estava retraída e disse ter medo da presença da filha. Contou que a relação entre as duas era conturbada. E que Maria Aparecida aceitou ser examinada apresentando sinais vitais estáveis, sem alteração no exame físico.
A equipe relatou que ao sair do prédio, foi abordada por duas moradoras e pelo porteiro, que disseram que a mulher nunca apresentou alterações mas falaram que a filha, Patrícia, fazia ameaças à mãe e que com frequência acionavam os bombeiros e a PM para intervir na comunicação entre as duas.
De acordo com as investigações, a motivação do crime seria porque a idosa havia denunciado os maus-tratos sofridos pelos dois netos, de 2 e 9 anos, na Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav). Ela foi sequestrada poucos dias depois da denúncia. Filha e genro da idosa sequestrada estão presos pelo crime. “Tem questão financeira envolvida também, porque ela tem medo de perder a pensão do filho dela e se essa denúncia vai pro processo ela perde, porque o pai está pedindo a guarda do filho”, afirmou a vítima.