A Prefeitura de Cabo Frio irá realizar nos próximos meses o leilão que definirá a empresa que comandará o Aeroporto Internacional de Cabo Frio pelos próximos 26 anos. Cientes da importância deste ato, as principais entidades do trade turístico de Cabo Frio e Região dos Lagos se uniram para acompanhar atentamente o edital e, por meio de ofício protocolado no último do prazo, datado de 12/12/22, fizeram algumas sugestões ao poder público visando garantir maior receita ao município de Cabo Frio com esta concessão.
O trade turístico aponta falhas no edital para novo leilão que vai definir a empresa que comandará o Aeroporto Internacional de Cabo Frio pelos próximos 26 anos. Grupo diz que falta um olhar mais atento para o turismo.
O atual edital, redigido pela prefeitura com consultoria do maior interessado em vencer o leilão, tem foco principal nas atividades offshore. O trade, em consenso, entende a importância deste público para economia da cidade, porém, reforça a necessidade de se contemplar também os voos comerciais para o futuro do turismo de Cabo Frio, os quais são uma fonte de renda inesgotável de recursos, se bem trabalhado.
O Aeroporto Internacional de Cabo Frio possui a segunda maior pista do Estado do Rio de Janeiro, perdendo apenas para o Aeroporto do Galeão, localizado na cidade do Rio. É importante relembrar que durante as Olimpíadas (em 2016) desembarcaram no aeroporto cabo-friense todos os materiais esportivos utilizados pelas mais diversas seleções mundiais. Também foi no aeroporto de Cabo Frio que o segundo maior cargueiro do mundo pousou.
- Ao longo do ano, diversas tentativas de aumentar o número de voos foram tentadas. Precisamos, com urgência, de voos regulares de Belo Horizonte, São Paulo, Campinas, Buenos Aires e outros destinos emissores. Necessitamos não só da constância e manutenção destes voos, mas também de tarifa competitiva. Para nós, do trade turístico, esse é um dos motivos de até hoje não termos estes voos regulares na cidade. Falta expertise da empresa que controla o aeroporto atualmente – relata Carlos Cunha, presidente da Associação de Hotéis de Cabo Frio.
Carlos Cunha ainda complementa: “Temos uma chance de ouro para mudar essa história. Porém, o edital está sendo redigido com o auxílio de outra empresa que tem o interesse de administrar o aeroporto”.
Outra curiosidade é que a empresa que está auxiliando na confecção do edital é a mesma que opera o aeroporto de Campos dos Goytacazes, reconhecidamente especializado em voos offshore, não atendendo as demandas de turismo, lazer e transporte de passageiros.