Domingo, Abril 20, 2025
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ANÁLISE | ANALOGIA DA COALISÃO

Gostaria de fazer uma breve ponderação de quem observa de fora os governos municipais postos como governos de coalisão tomando como exemplo a adiministração de Cabo Frio. Primeiro pela importância do município para a nossa região e também por ser uma grade administrativa mista, composta por várias correntes ideológicas.

Todos lembramos que, nas eleições, foram feitos acordos entre legendas partidárias e suas lideranças para que se polarizasse o pleito e que após o resultado das urnas, se fariam composições entre essas legendas fatiando a administração municipal. Pois bem, assim foi feito. Isso não quer dizer que tenha dado certo. Ainda é cedo para se definir o perfil da nova administração de José Bonifácio visto que os bastidores do sub-clero da política vêem como notória a falta de austeridade que outrora, lhe foi peculiar.

Vemos que suas metas de campanha estão longe de serem prioridade em sua administração e que muito pouco, ou quase nada, mudou. O que se vê é um gravíssimo abandono da periferia cabofriense, um abismo em criação de políticas públicas e uma falta de competência enorme de suas equipes em sequer manter os equipamentos públicos funcionando de forma digna e minimamente operacional. Se nota por parte dos funcionários da ponta como garis, agentes de trânsito, professores, equipes de atendimento da saúde, agentes de turismo, mobilidade, defesa civil, dentre outros, um enorme esforço em cumprir suas tarefas com o mínimo de condições possíveis por conta da falta de equipamentos, insegurança sobre sua estabilidade na função que exercem, má remuneração, etc, etc, etc…

Esses fatos escancaram um paradóxo e, de certa forma, uma frustração naqueles que depositaram em José Bonifácio sue voto de confiança. O voto em um administrador experiente, austero, competente e realizador de projetos. Um político que outrora se mostrava inclusivo, moderno, antenado e conectado não apenas às redes sociais, mas também às necessidades e aos anseios de uma população há muito negligenciada.

Hoje, há quase um ano do aniversário de seu mandato, sua popularidade vem caindo em cada buraco ou cratera que se abre nas ruas da cidade. A confiança do povo em sua administração derrete como os fios de energia que queimam em curto circuito pelos postes de alta tensão na periferia. Sua mão austera se mostra tão líquida quanto sua imagem de ciclista, sumindo lentamente da memória de seus eleitores.

Enquanto essa ausência de comando e de ações por parte do prefeito frustra a população que o elegeu, os seus correligionários inflamados no seu orgulho de alegria e felicidade pois estão todos agregados ao seu compromisso com suas legendas de coalisão.

Enquanto isso, para o povo que vê notas nas redes sociais dos seus mais fiéis interlocutores se orgulhando em dizer que os pagamentos do funcionalismos estão em dia, fica a questão: Para um administrador público, pagar em dia, prover recursos para os serviços essenciais, chamar concursos públicos, eliminar negociatas e deslotear a máquina pública, são obrigações centrais; mas será que é só isso?

Colunista Mardônio Gomes
Empresário.

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