Quinta-feira, Junho 5, 2025
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Jean Pierre quer farra com passagens e diárias para vereadores enquanto alunos aldeenses ficam sem uniformes e material escolar

Câmara Aldeense tem um orçamento de R$ 13,7 milhões para o ano de 2025

Enquanto São Pedro da Aldeia mergulha em uma das piores crises dos últimos anos, com escolas públicas enfrentando a falta de merenda, alunos sem uniforme ou material escolar, e a população padecendo em filas intermináveis por exames e consultas médicas, o presidente da Câmara Municipal, Jean Pierre, protagoniza mais um capítulo de descaso e descompromisso com a realidade.

Desta vez, o ataque ao bom senso e ao erário público atende pelo nome de Projeto de Lei nº 0099/2025 — uma proposta que visa instituir o pagamento de diárias para servidores e agentes políticos da Casa Legislativa em viagens, cursos e eventos fora do município. Em uma cidade onde fornecedores da saúde paralisam serviços por falta de pagamento, essa iniciativa soa como um verdadeiro escárnio.

O projeto não é apenas inoportuno. É indecente, por falta de critérios e transparência, já que há notícias de parlamentares que utilizam o expediente para seus luxos pessoais e férias de marajás com dinheiro do povo sofrido de São Pedro da Aldeia.

Jean Pierre, em seu segundo mandato e atual presidente da Câmara após um acordo obscuro de bastidores, já havia promovido uma reforma administrativa que inchou a máquina legislativa com novos cargos e mais despesas. Agora, tenta empurrar goela abaixo da população uma medida que abriria espaço para privilégios travestidos de “capacitação”, enquanto as necessidades básicas da população são ignoradas.

As chamadas “diárias”, na prática, se tornam instrumentos de favorecimento e abuso quando não regulamentadas com rigor. E é exatamente isso que o projeto de Jean Pierre propõe: ampliar o gasto com dinheiro público sem apresentar critérios claros, metas objetivas ou mecanismos de controle. Tudo isso em um município que não consegue sequer garantir merenda escolar com regularidade.

Não é exagero dizer que essa proposta insulta a inteligência e a paciência do cidadão aldeense.

A Câmara, que deveria fiscalizar, cobrar e propor soluções, tem sido palco de privilégios e autobenefícios. Os vereadores — muitos reeleitos — não se preocuparam nem mesmo em assegurar recursos no orçamento para garantir um mínimo de dignidade às crianças da rede pública. Não há material, não há uniforme, e pelo visto, não há interesse.

Jean Pierre, ao insistir em projetos que favorecem apenas a si e à sua base, reforça a imagem de um Legislativo alheio aos dramas do povo. Em vez de liderar um movimento de austeridade, controle de gastos e apoio às áreas mais críticas da cidade, ele escolhe legislar em causa própria — empurrando São Pedro da Aldeia para um abismo de descrédito e indignação popular.

A população não precisa de políticos em cursos e eventos pagos com dinheiro público. Precisa de escolas funcionando, postos de saúde com médicos e remédios, e de uma Câmara que honre seu papel.

O povo aldeense está cansado. E com razão. O projeto de diárias precisa ser rechaçado com a mesma veemência com que pais e mães lutam, todos os dias, para garantir o mínimo a seus filhos em uma cidade cada vez mais esquecida por aqueles que juraram representá-la. O que diria a população quando tomar ciência que um vereador aldeense aumentou seu patriimônio em R$ 500 mil reais com meses de mandato, além de outro que comprou de carro de luxo, logo após acordo de bastidores.

Questionado pela Redação do POrtal Cabo Frio em Foco por telefone, Jean Pierre alegou a necessidade de implementar a medida para que se busque o controle em face das necessidades dos vereadores que precisam viajar, fazer cursos e desenvolver a atividade legislativa.

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