Segunda-feira, Junho 2, 2025
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Ex-prefeita Lívia de Chiquinho arrecadou R$ 82 milhões de Taxa de Iluminação pública mas deixou Araruama nas trevas

Mesmo com uma arrecadação milionária, a ex-prefeita de Araruama, Lívia de Chiquinho, deixou a cidade mergulhada no breu durante seus anos à frente da Prefeitura. Segundo levantamento exclusivo do Portal Cabo Frio em Foco, entre 2021 e 2024, foram arrecadados R$ 82.089.504,24 apenas com a COSIP (Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública), dinheiro cobrado diretamente nas contas de luz da população e repassado ao município pela Enel.

No entanto, o que se viu nos bairros foi o completo oposto do que se esperaria diante de tamanha arrecadação: ruas às escuras, postes apagados, falta de manutenção, insegurança e abandono total da infraestrutura urbana.

📊 TABELA DE ARRECADAÇÃO – COSIP EM ARARUAMA

AnoValor arrecadado com COSIP
2021R$ 18.231.530,73
2022R$ 21.132.884,97
2023R$ 20.247.557,72
2024R$ 22.476.581,82
TotalR$ 82.089.504,24

Sob o controle político de Chiquinho do Atacadão, ex-prefeito multicondenado por corrupção, Lívia — conhecida como “laranja” do esquema — administrou a cidade sem qualquer transparência sobre o destino dos recursos da iluminação pública. Mesmo com um crescimento anual constante na arrecadação da COSIP, a população jamais teve acesso a relatórios detalhados, prestação de contas públicas, ou mesmo justificativas para o não funcionamento do serviço.

Moradores de bairros como Parque Mataruna, Fazendinha, Boa Perna, Ponte dos Leites e Areal denunciaram o estado de penumbra, o aumento da criminalidade e o total descaso da administração passada, que sequer respondia aos pedidos de manutenção da rede de iluminação pública, além de outros pontos da cidade, incluindo o distrito de São Vicente.

🏛️ NOVA GESTÃO ENFRENTA “HERANÇA MALDITA”

Desde janeiro de 2025, a prefeita Daniela Soares tem enfrentado o duro desafio de reerguer uma cidade abandonada em diversos setores — da saúde à infraestrutura. Um dos eixos prioritários da nova gestão é justamente garantir iluminação pública de qualidade, item básico para segurança e dignidade da população.

Segundo integrantes da atual administração, não há documentação clara sobre onde foram parar os mais de R$ 82 milhões da COSIP. O que há, no entanto, é um rastro de descaso, ruas esburacadas, bairros sem saneamento básico e um povo cansado de promessas e trevas.

A falta de respostas e a ausência de transparência na destinação desses recursos levantam a suspeita de má gestão e possível uso indevido da verba pública. A população começa a exigir apuração rigorosa dos fatos e responsabilização dos envolvidos no desmonte dos serviços públicos básicos.

Araruama, que pagou caro para ter luz, foi deixada no escuro pela gestão de Lívia de Chiquinho, símbolo do retrocesso, do desleixo e da política do favorecimento privado com o dinheiro público.

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