Entre 1º de janeiro e 30 de maio de 2025, o município de São Pedro da Aldeia recebeu R$ 15.263.234,74 do Governo Federal destinados exclusivamente à saúde pública, por meio do Fundo Nacional de Saúde (FNS). Os valores, transferidos para o Fundo Municipal de Saúde, fazem parte de um orçamento ainda mais robusto: o total previsto para a saúde aldeense neste ano é de R$ 110.453.014,84, mesmo assim, o sistema enfrenta um verdadeiro colapso.
A gestão do prefeito Fábio do Pastel (PL) tem sido alvo de duras críticas por parte da população, que denuncia o abandono da rede básica. UBS sem médicos, demora de meses para marcação de consultas e exames, falta de medicamentos e unidades operando precariamente são parte da rotina dos usuários. O Pronto-Socorro Municipal, em estado de calamidade, virou o retrato do descaso: superlotação, equipamentos sucateados e pacientes nos corredores aguardando por atendimento.
Repasses do FNS (01/01 a 30/05/2025)
Categoria | Valor (R$) |
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Atenção Primária + MAC | 9.552.000,00 |
Assistência Farmacêutica | 1.540.000,00 |
Estrutura e Qualificação | 1.180.000,00 |
Emendas e outros recursos | 2.100.000,00 |
Programas específicos | 891.234,74 |
Total Geral (Federal) | R$ 15.263.234,74 |
Com mais de R$ 110 milhões orçados para a saúde em 2025, São Pedro da Aldeia não sofre por falta de dinheiro, mas por má gestão. A população cobra explicações: onde estão os investimentos? Por que os serviços continuam em situação tão crítica? Onde está a fiscalização?

Além do Executivo, cresce a indignação com a omissão da Câmara de Vereadores, que deveria cumprir seu papel constitucional de fiscalização dos gastos públicos. Até o momento, nenhum vereador propôs uma CPI da Saúde ou exigiu auditorias nos contratos da pasta comandada por Maria Marcia. O silêncio do Legislativo contribui para o avanço da precarização, deixando a população sem voz e sem representação.
São Pedro da Aldeia adoece, não por falta de recursos, mas por ausência de responsabilidade, planejamento e coragem política para priorizar a vida. A população exige respostas. E, mais do que isso, exige respeito.