Palestras, exposições artísticas e rodas de conversas fazem parte das atividades oferecidas no Charitas

Na quarta (21) e na quinta-feira (22), o Programa de Saúde Mental da Secretaria de Saúde de Cabo Frio promove uma série de atividades no Museu e Casa de Cultura José de Dome – Charitas (Centro), em alusão ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial, celebrado em 18 de maio. Intitulado ‘Mais encontros, menos muros”, o evento conta com uma programação diversificada de palestras, rodas de conversas e exposições artísticas, em diferentes horários.
Durante os dois dias de atividades, os participantes terão a oportunidade de contemplar trabalhos realizados nas Oficinas Terapêuticas dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Já as palestras e rodas de conversas seguem a seguinte programação:
- Dia 21/05 (quarta-feira)
Tema: “A luta antimanicomial no município de Cabo Frio: avanços e desafios”
Horário: 13h - Dia 22/05 (quinta-feira)
Tema: “Uso abusivo de substâncias: redução de danos e a promoção da autonomia”
Horário: 9h - Dia 22/05 (quinta-feira)
Tema: “Entre nós e o cuidado: o lugar do CAPSI”
Horário: 14h
Segundo o Supervisor do Programa Municipal de Saúde Mental, Matheus de Matos Maldonado, a proposta principal do evento é oferecer um espaço de reflexão e construção coletiva sobre os avanços, desafios e caminhos possíveis para o fortalecimento de uma rede de cuidado em saúde mental mais humanizada, acolhedora e eficaz no município:
“Queremos reafirmar um compromisso ético, político e social com uma saúde mental pautada no cuidado em liberdade, na dignidade humana e no combate ao estigma que historicamente marcou os tratamentos destinados às pessoas com sofrimento psíquico. Cuidar é um ato que exige respeito às singularidades e isso só é possível quando o cuidado acontece próximo das famílias, sendo o caminho mais potente para construirmos uma sociedade mais justa, saudável e inclusiva”, destacou ele.
Programa de Saúde Mental de Cabo Frio realizou mais de 5 mil atendimentos em 2025
O Programa de Saúde Mental de Cabo Frio contabilizou em 2025, mais de 5 mil atendimentos, incluindo acompanhamentos individualizados, oficinas terapêuticas e grupos de apoio.
“Esses números não representam apenas volume de trabalho, mas histórias de vida, vínculos de cuidado e trajetórias que vêm sendo acolhidas com compromisso e afeto. Cada atendimento tem sido essencial para consolidar uma política de saúde mental pública, humanizada e alinhada aos princípios da luta antimanicomial”, relatou Matheus.
Atualmente, a rede de Atenção Psicossocial da rede pública de Saúde de Cabo Frio é composta por equipes diversificadas – formadas por psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros e técnicos de enfermagem – que garantem o cuidado do paciente em diferentes fases do tratamento.
Fazem parte da rede os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) voltados ao atendimento de pessoas com transtornos mentais graves e persistentes; os CAPS AD, especializados no cuidado de pessoas em situações relacionadas ao uso de álcool e outras drogas; o CAPS Infantojuvenil, voltado a crianças e adolescentes com até 18 anos, e três Residências Terapêuticas, que acolhem pessoas que viveram por muitos anos em instituições de longa permanência.
Além disso, os atendimentos são, muitas vezes, estendidos para os ambulatórios de Saúde Mental do PAM de São Cristóvão; do Hospital Municipal Otime Cardoso dos Santos, da Casa da Criança e do ambulatório infanto-juvenil do Centro de Saúde Oswaldo Cruz.