Domingo, Abril 20, 2025
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Operação da PF pode implodir o sistema político liderado pelo Governador Cláudio Castro e prefeitos eleitos em 2024

Uma operação deflagrada pela Polícia Federal na última semana pode se transformar no maior escândalo envolvendo agentes públicos e privados dos últimos tempos no Rio de Janeiro. A ofensiva teve como um dos alvos o político Davi Perini Vermelho, conhecido como Didê, atual presidente do Instituto Rio Metrópole, nomeado pelo governador Cláudio Castro.

Agentes federais cumpriram mandados de busca e apreensão em uma mansão localizada em um condomínio de luxo no bairro de Vargem Grande, zona oeste do Rio. O objetivo da ação era apreender documentos e dispositivos eletrônicos que pudessem servir como prova em uma investigação que apura fraude em licitações, lavagem de dinheiro e financiamento ilegal de campanhas eleitorais.

Durante a operação, vídeos de festas com conteúdo sexual explícito foram encontrados e estão circulando nas redes sociais. A residência, que ficou popularmente conhecida como “Mansão da Suruba”, teria sido palco de encontros que contaram com a presença de diversas figuras públicas. As autoridades também apreenderam listas com os nomes de frequentadores, entre eles políticos influentes — estima-se que até 20% dos deputados da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) possam estar implicados, além de secretários de Estado, parlamentares federais, prefeitos e um senador da República.

A operação foi deflagrada simultaneamente nas cidades de Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba, Rio de Janeiro (RJ) e Juiz de Fora (MG). A Justiça Federal determinou o bloqueio de contas bancárias dos investigados, totalizando R$ 3,5 bilhões, além da suspensão das atividades de oito empresas apontadas como participantes do esquema criminoso.

Segundo a PF, o grupo investigado destruiu provas após tomar conhecimento da primeira fase da operação. As investigações apontam o uso de recursos de origem ilícita para financiar campanhas previstas para 2024, por meio de um esquema de caixa dois.

Fontes próximas ao investigado Didê afirmam que ele teria declarado: “Não vou sozinho, entrego todo mundo”, sinalizando que pode colaborar com as investigações. A Polícia Federal segue apurando o caso, que pode abalar as estruturas políticas do Estado do Rio de Janeiro.

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