Sábado, Novembro 16, 2024
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Direita e Esquerda: será que ainda faz diferença?

Vocês realmente acham que dizer ao povo que é de direita ou de esquerda faz alguma diferença na hora do voto? Pois é,  acha errado. Para o cidadão comum, pouco importa pra que lado você se entorta, pouco importa pra qual esquina você vira, ele vê sempre o mais do mesmo. Estaria faltando então o efeito de algo novo, inédito, surpreendente? Também não. O que está faltando é algo diferente, crível ainda que esdrúxulo. Vide o efeito Javier Milei na Argentina. Ah! E isso ainda não acabou. Há quem ainda aposte tudo nessa linha de pensamento. 

Não dá para culpar o cidadão por nivelar tudo e a todos por baixo. O discurso de salvar a democracia não sobreviveu muito mais além das eleições, o governo dito das esquerdas está tão ou mais à direita do que seu antigo antagonista PSDB e os ditos de direita estão cada vez mais próximos ao poder do seu oponente histórico. Não há mais referência ideológica que se sustente no senso comum. 

E o que sobra disso tudo? Pois é,  boa pergunta! Eu também gostaria de saber. Só acho que nome forte não basta, programa de governo não basta, rios de dinheiro ajuda, mas não é o suficiente. O político que conseguir olhar no olho do cidadão comum sem demagogia, com firmeza e principalmente, com carisma, muito carisma, e conseguir externar essas qualidades com uma proposta diferente, vai se destacar. Ele precisa provar para o povão que quer e porque quer ser prefeito ou vereador. 

Falta pouco mais de um mês para o fim do prazo das convenções e para os registros oficiais das candidaturas e as feiras, cafés e praças já foram ocupadas pelas tropas de elite. Basta o cidadão separar quem é de elite e quem é da elite. O resto é resto e tomara que a cidade inteira ganhe com o processo democrático e não apenas as mesmas máfias de sempre.

Por Mardônio Gomes