O assunto que verdadeiramente toma conta das ruas e cafés em Cabo Frio, são as eleições municipais deste ano. A cidade vive a oportunidade de encerrar um ciclo de coronelato e iniciar uma nova fase na política. A democracia nos proporciona sempre a oportunidade de renovação. Mas será mesmo que os figurões que sempre arbitraram o jogo do poder sairão do caminho? Acho que não. O que define um político e sua influência são os votos, porém aqui em Cabo Frio, votos não são apenas capital político, são também uma moeda de troca valiosíssima. A figura política sensação do momento tenta se desassociar de suas bases com medo da rejeição aos escândalos protagonizados por suas lideranças e não pronuncia mais o nome que já lhe foi motivo de orgulho até bem pouco tempo atrás. Trata-se de uma tática política do pré-candidato e deputado estadual Dr. Serginho em tentar se afastar de tudo que toque o nome Bolsonaro. Mas isso é uma tática de momento. Apenas uma distopia eleitoral. Ele teme que todo seu discurso de retidão, família, patriotismo e conservadorismo naufrague com a iminente prisão do seu mentor. O nobre fenômeno sempre sobreviveu na política se aproveitando das conveniências. Sequer têm se vestido mais de periquito da Nike. A nossa prefeita ainda está perdida como um náufrago sem bússola tentando não se afogar na tinta da própria caneta. Sua atabalhoada administração e o total abandono da cidade podem lhe render o mesmo destino do Dr. Adriano: o ostracismo, a vala mórbida do cemitério político dos incompetentes: o esquecimento.A renovação do poder passa por uma polarização entre o político com menor rejeição e que procura entrar nas cabeças, mentes e corações do povão trazendo uma proposta de cidade com o modelo de Maricá, como modelo se que transformou de um mero ponto no mapa em uma das cidades mais prósperas do país e de um outro candidato que ainda não explicou muito bem os escândalos dos fantasmas da Faetec e suas ligações com a família Bolsonaro mas que conseguiu angariar cabos eleitorais aguerridos, aparelhou associações de moradores e que agora se coloca como o herói da educação. Sem projeto de cidade e sem escrúpulos mas com um exército muito mal pago de desesperados nas periferias da cidade. Esse é o triângulo político do momento. Alguns aventureiros famosos mas igualmente sugadores do dinheiro público sem nenhum trabalho feito à população como Aquiles Barreto, Jefferson Vidal e companhia, aparecerão aqui e ali mas para esses, é mais lucrativo ficar só como sanguessuga sem ter q se provar nas urnas. Para esses, sempre haverá um lugarzinho ao sol.
Cabo Frio: Renovação ou arranjo mal feito?
