O Presidente brasileiro foi a Washington para recolocar o país no cenário internacional em um novo momento para a nossa diplomacia. Na reunião bilateral trataram da construção da confiança e cumplicidade ao longo do tempo.
Nesta sexta-feira (10), os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden ensaiaram o que pode ser a (re)construção da confiança e de uma relação de amizade entre Brasil e EUA. Mesmo com o curto espaço de tempo na capital americana, o presidente Lula teve uma série de encontros temáticos que culminaram com declarações conjuntas na Casa Branca.
A ideia da visita assim como nos filmes é mostrar que, isolado, nenhum país segue adiante, mas juntos, os desafios podem ser superados ainda que a democracia esteja ameaçada, aqui e lá. Lula aproveitou o momento e ocupou os 13 minutos da conversa que foi acompanhada pela imprensa. O presidente usou esse tempo para reconstruir a imagem de que o Brasil é um país democrático, com um povo trabalhador e alegre. “O Brasil ficou quatro anos se auto marginalizando, um presidente que não gostava de manter relação com nenhum país. O mundo dele começava e terminava com as fake news de manhã, de tarde e de noite. Ele parece que menosprezava relações internacionais”, disse Lula, referindo-se à Bolsonaro, mas sem mencioná-lo.
O presidente brasileiro destacou ainda que os EUA representam muito para o Brasil, com uma relação histórica, econômica, cultural, mas listou problemas nos quais ambos têm de trabalhar juntos, o primeiro deles é nunca mais permitir os eventos no Capitólio e no Brasil, com a invasão do Congresso, do Palácio do Planalto e da Suprema Corte, se repitam. Lula também fez uma defesa à agenda ambiental e sugeriu a adoção de uma governança global para a questão climática. “Não sei qual é o fórum, se é na ONU, no G20, no G8, mas alguma coisa temos de fazer para que a gente obrigue países, os nossos Congressos, os nossos empresários a acatar decisões que nós tomamos a nível globais. Se isso não acontecer, a nossa discussão sobre a questão climática ficará muito prejudicada”, disse. Com a palavra, Joe Biden: Nos três minutos em que Biden falou, ele destacou que EUA e Brasil devem continuar a defender valores democráticos. “As nossas duas nações são democracias fortes e foram testadas, duramente testadas. Em ambos os casos a democracia prevaleceu”, disse Biden, agradecendo a visita de Lula. “Nossos valores em comum e os fortes laços entre os nossos povos tornam Brasil e EUA parceiros naturais para enfrentar os desafios globais atuais e especialmente as mudanças climáticas”, afirmou.
Minha avaliação é de que o Brasil novamente se torna protagonista da geopolítica internacional. Um país democrático e aberto as relações internacionais, que nos coloquem no rumo do desenvolvimento. A governança está no caminho certo.
Por Roberto Rosa, Ativista Político