A Polícia Federal (PF), à frente da segurança da cerimônia da posse presidencial, está recomendando ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que ele não desfile em carro aberto, como ocorre historicamente. A equipe de segurança avalia que o mais prudente no momento é que o presidente faça o trajeto entre a catedral e o Congresso em um veículo blindado. O receio é com o terrorismo dos extremistas de direita, apoiadores de Jair Bolsonaro. O petista, porém, resiste à ideia.
A prisão de um bolsonarista no sábado passado, após a Polícia Civil do Distrito Federal ter encontrado um artefato explosivo nas imediações do aeroporto de Brasília, no entanto, pode mudar os planos.
O futuro diretor-geral da PF, Andrei Passos, deve se reunir nos próximos dias com Lula para mostrar os possíveis cenários. Nos bastidores, os policiais federais garantem que, se o presidente optar pelo desfile em carro aberto, a operação de segurança, apesar de mais trabalhosa, também será bem sucedida. Haverá duas grandes barreiras com detectores de metais para acesso à Esplanada, barreiras antidrones, esquadrões antibombas, atiradores de elite, bloqueio aéreo e agentes especiais infiltrados na multidão. Lula estará cercado a todo instante de agentes da PF.
