Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) apresentou uma denúncia contra a deputada estadual Alana Passos (PTB), por suspeita da prática de peculato, que é o crime de desvio de dinheiro público. Em junho de 2020, o RJ2 revelou o caso.
Segundo as investigações, a parlamentar do PTB cometeu o crime de peculato sete vezes ao ter nomeado a empregada doméstica na Alerj por, pelo menos, sete meses.
Em três de dezembro de 2019, a deputada nomeou Fabiana Cristina da Silva para o seu gabinete com o cargo de assessora parlamentar. O problema é que Fabiana batia ponto longe da sede da assembleia. O endereço de trabalho dela, segunda a própria Fabiana, era a casa da deputada, em Queimados, na Baixada Fluminense.
Apesar da denúncia apontar o período de sete meses de irregularidade, não há registro da exoneração de Fabiana. O nome dela continua constando na última folha de pagamento disponível no site da Alerj, de setembro desse ano.
Além de Alana, Fabiana também foi denunciada pelo crime de peculato. O MP pede o ressarcimento de R$ 21 mil aos cofres públicos. Esse é o valor que Fabiana recebeu da Alerj para trabalhar na casa da deputada Alana.
Além da denúncia criminal, o RJ2 apurou que Alana Passos ainda é investigada pelo MP em um inquérito cível pelo mesmo caso.
A denúncia é de outubro e foi assinada pelo procurador-geral de justiça, Luciano Mattos, que está licenciado do cargo para tentar a recondução.
Após o recebimento da denúncia pela Justiça do Rio, o MP aguarda a análise da desembargadora Marília de Castro Neves, do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Rio.