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Criança Morre após tomar injeção em Saquarema

SAQUAREMA – Uma menina de 4 anos morreu após receber medicação intravenosa no Hospital Municipal Porphirio Nunes de Azeredo, no distrito de Bacaxá, em Saquarema.

Segundo a família, Ana Luiza Cardozo Pereira deu entrada na unidade na quinta-feira (19) com uma virose, vomitando e com diarreia. O pai da menina, Romilson Santos, alega que houve negligência.

A Prefeitura informou que abriu uma sindicância interna para apuração dos fatos e da conduta da equipe.

Nesta quinta (26), o município disse que solicitou à OS Prima Qualitá, responsável pela administração do Hospital Municipal Porphirio Nunes de Azeredo, o afastamento temporário de toda a equipe envolvida no atendimento da criança. O município informou, ainda, que segue acompanhando o caso para que se possa dar uma resposta à família e a todos os moradores.

“Ela estava falando normalmente, até falou ‘papai, mamãe, vamos pra casa’, tanto ela estava bem que a médica me receitou remédio pra comprar na farmácia e ir embora pra casa. Ela mandou aplicar uma injeção de dipirona e um remédio pra vômito. Erraram a injeção e ela morreu em poucos minutos. Deram adrenalina para ela e ela faleceu”, disse o pai.

“Elas mataram minha filha, deram uma injeção errada. Deram adrenalina na minha filha, forjaram provas, forjaram um monte de coisa. Minha filha morreu nos meus braços, na minha frente e disseram que ela morreu na ambulância indo pro Alberto Torres [hospital estadual], botaram registro falso na delegacia”, alega o pai.

Ana Luiza Cardozo Pereira

Segundo Romilson, os médicos colocaram no registro que ela estava com anemia profunda, desidratada, mas o perito do IML alegou que ela não tinha nada. O corpo de Ana Luiza foi enterrado no sábado (21) no Cemitério Municipal de Saquarema.

A mãe da menina também está em choque e, segundo o marido, se questiona onde foi que errou.

A família registrou o caso na delegacia da cidade. Em nota, a Polícia Civil informou que o administrador do hospital foi ouvido e a equipe médica foi intimada a prestar depoimentos. De acordo com a polícia, os agentes aguardam o resultado do laudo da necropsia.

Caso semelhante na mesma unidade:

Em 2020 um caso semelhante aconteceu no mesmo hospital. Na época, Jhonathan Leonardo Souza, de 7 anos, morreu após receber medicação no hospital e a família também apontou negligência.

Segundo a família, Jhonathan deu entrada na unidade, no dia 18 de fevereiro de 2020, com febre, tosse e vômito, mas, logo após receber a medicação, sofreu paradas cardíacas.

No caso de Jhonathan, a descrição dos medicamentos prescritos era: soro fisiológico, ondansetrona, ranitidina e nebulização com adrenalina 1 mg/ml, em quantidade igual a 3. Também houve indicação de radiografia de seios da face e radiografia de tórax. Mas ele morreu depois de receber uma medicação com adrenalina.

“Deram um medicamento com adrenalina e ele veio a óbito em menos de 24 horas. Eu acho que não teve inalação. Eu acho que a adrenalina que era para ele inalar, eles aplicaram na veia”, explicou, na época, Juli Gomes, parente do menino.

Fonte: G1

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