Seis motoristas de aplicativos foram assassinados em diferentes pontos do Rio de Janeiro nos últimos oito meses, e um está desaparecido. Três das vítimas morreram na Baixada Fluminense — duas em Nova Iguaçu e uma em Belford Roxo. O último homicídio foi o do pastor evangélico e professor de Teologia Haroldo Carlos de Souza, de 52 anos, que fazia corridas para complementar a renda de sua família.
Haroldo foi assassinado a facadas na quarta-feira, no bairro de Cabuçu, em Nova Iguaçu. Pai de uma menina de 8 anos e um rapaz de 20, ele tinha medo da violência e evitava dirigir à noite. Mas, quatro dias atrás, resolveu trabalhar pela primeira vez no horário noturno e acabou sendo atacado.
O pastor foi enterrado sexta-feira no cemitério de Austin, em Nova Iguaçu. Agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) encontraram um estojo usado para guardar facas próximo ao local do crime. O invólucro foi apreendido e levado para peritos da especializada. Setenta e duas horas antes da morte de Haroldo, um outro motorista de aplicativo havia sido assassinado na mesma cidade
O militar Flávio Amaral Teixeira, de 21 anos, dirigia para dois passageiros quando, no último domingo, seu carro foi atingido por tiros perto da Estrada do Mato Grosso, nos arredores do Conjunto Dom Bosco. Ele chegou a ser levado com vida para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, mas não resistiu aos ferimentos. As outras duas pessoas que estavam no automóvel também foram atingidas, mas conseguiram sobreviver.
Pelo menos 30 cápsulas de balas foram recolhidas por agentes que investigam o crime. A polícia suspeita que Flávio entrou por engano no Conjunto Dom Bosco, que é disputado por duas milícias