Domingo, Fevereiro 2, 2025
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Sogra tem prisão decretada por matar genro carbonizado em porta-malas na Baixada Fluminense

A juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, da 4ª Vara Criminal de Duque de Caxias, decretou a prisão temporária de Iris Silva pelo crime de homicídio qualificado do motorista de aplicativo Raphael Galvão. De acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), a sogra teria planejado o crime contra o genro após saber das agressões sofridas pela filha durante o relacionamento. Imagens de câmeras de segurança a flagraram comprando o combustível utilizado para provocar o incêndio que acabou com o jovem carbonizado e cujo corpo foi encontrado no porta-malas do carro, no dia 24 de abril.

De acordo com o inquérito, policiais foram acionados por volta das 10h45 para averiguar um veículo que estava em chamas na Estrada do Cantão, no bairro Mantiquira, em Caxias. Em depoimento na especializada, Thamires Silva, esposa de Raphael e filha de Iris, contou que o marido saiu de casa no dia 23 de abril, por volta das 19h, para realizar uma corrida particular, e não acessou mais o WhatsApp depois das 20h03. Ela chegou a atribuir o crime a uma briga envolvendo o rapaz em um bar alguns dias antes, quando ele teria derrubado cerveja em uma mulher, causando a discussão.

A versão da mulher com a qual Raphael brigou, no entanto, é diferente. Segundo ela, o motorista estava sendo agressivo com a esposa enquanto estavam no estabelecimento, que fica na Praça de Santa Lúcia, em Duque de Caxias. Na delegacia, ela contou ele não teria gostado quando um dos amigos que a acompanhavam olhou para a mesa onde Raphael estava sentado com Thamires, que, segundo a testemunha, chorava enquanto ouvia ameaças de agressão física e frases como “vou desgraçar a sua vida” do marido.

A história tomou outro rumo após os depoimentos da irmã de Raphael. Ela relatou que, no dia 16 de abril, recebeu uma mensagem de Thamires. No texto, ela teria dito que o marido a agrediu a noite inteira, que ela queria ir embora, mas que ele não permitiu que ela saísse de casa. No dia seguinte — em que ocorreu a discussão no bar —, a irmã da vítima teria recebido uma nova mensagem da mulher. Dessa vez, dizendo que já estava tudo resolvido com o marido.

Iris Silva, que já possuía anotação criminal por tentativa de homicídio, morava na região de Unamar, em Cabo Frio, quando soube da briga e das agressões sofridas pela filha através de um familiar. No depoimento prestado por Thamiris, ela relatou Iris chegou a telefonar para saber o que tinha acontecido na noite do dia 17, e a jovem disse que já estava tudo bem. A moça ainda alegou ter tido contato com a mãe até o dia 30 de abril, e que depois disso ela não tinha mais dado notícias. Segundo ela, Iris também não esteve no enterro de Raphael.

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