UBS Estação recebeu palestra reforçando a importância do enfrentamento à violência contra mulher
As ações de conscientização e enfrentamento à violência contra a mulher continuam em São Pedro da Aldeia. Dentre as atividades realizadas, estão palestras em diferentes locais do município. A Patrulha Maria da Penha, da Guarda Civil Municipal, aponta a importância da luta contra violência doméstica ser intersetorial e um assunto de todos. Na terça-feira (29/10), a guarnição esteve presente na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Estação, junto ao Centro Especializado em Atendimento à Mulher (CEAM), da Secretaria de Assistência Social, a convite da Secretaria de Saúde.
A coordenadora da Patrulha Maria da Penha, GCM Rosana Andrade, destacou que a palestra ministrada na UBS da Estação foi realizada junto ao Centro Especializado em Atendimento à Mulher (CEAM), da Secretaria de Assistência Social. “Fomos convidados pela enfermeira Jéssica Tavares a ministrar essa palestra. O encontro foi um momento marcante, ressaltando o poder do conhecimento como ferramenta de libertação e empoderamento para as mulheres presentes”, comentou.
A Patrulha Maria da Penha da GCM reforça que, durante o Outubro Rosa, é essencial discutir como a violência contra a mulher pode impactar a saúde física e mental, inclusive agravando doenças como o câncer de mama. De acordo com a coordenadora da PMP aldeense, Rosana Andrade, uma pesquisa da oncologista Cristiana Tavares, do Hospital Universitário Oswaldo Cruz, revelou que 42% das mulheres entrevistadas desenvolveram a doença após serem agredidas por parceiros. O estresse crônico decorrente da violência enfraquece o sistema imunológico, prejudicando a capacidade do corpo de combater células cancerígenas.
“Além disso, a baixa autoestima, comum entre mulheres que sofrem agressões, muitas vezes dificulta que elas busquem cuidados preventivos. Mesmo após o diagnóstico de câncer, 32% das mulheres entrevistadas continuaram a sofrer agressões e 59% relataram abandono. Esses dados mostram a importância de integrar o cuidado psicológico e social ao tratamento oncológico, além de promover o debate sobre o impacto da violência doméstica na saúde das mulheres”, relatou Rosana Andrade.