Sábado, Setembro 28, 2024
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A responsabilidade de todos nós diante das mudanças climáticas

As mudanças nos padrões de clima e temperatura construídas direta ou indiretamente pelo homem são chamadas de mudanças climáticas. As alterações em curso na natureza incluem não só o esquentamento global, ou seja, um aumento da temperatura média da superfície da terra mas também abarca toda uma série  consequências resultantes, tais como secas frequentes, incêndios florestais, derretimento das calotas polares, tempestades catastróficas, escassez de água e aumento do nível do mar em outras palavras: TRAGÉDIAS AMBIENTAIS.

Segundo as Nações Unidas, este desequilíbrio ambiental deve-se à revolução industrial e que tem sido agravado pela atividade humana desde o século XVIII, significativamente com o aumento do consumo de combustíveis fósseis como o petróleo, o gás natural e o carvão. Outros fatores também estão diretamente ligados a esse desequilíbrio, como o desmatamento, aumento das atividades econômicas mudando o uso da terra e a agricultura. Todas essas atividades promovidas pelo homem e sua busca frenética pelo dito “progresso”  emitem grandes quantidades de CO2: o principal gás que constitui o efeito estufa.

Nesse cenário de alerta global, o Brasil possui uma vasta área e ecossistemas diversificados, bem como uma enorme biodiversidade e variáveis climáticas, mas tudo isto está ameaçado devido ao desequilíbrio ecológico favorecido pelo nosso modelo de desenvolvimento e pelas mudanças provocadas no meio ambiente de forma irresponsável.. Segundo o WWF, isso se deve ao aumento das temperaturas e à diminuição das chuvas na região Amazônica, que pode ser afetada pela seca, além de desacelerar o reflorestamento, perda de biodiversidade e por via de consequência, um cenário catastrófico. Ainda no contexto brasileiro, o Nordeste terá recursos hídricos reduzidos e até mudanças na vegetação, o que pode ser típico de áreas áridas. Secas, inundações e catástrofes naturais tornar-se-ão cada vez mais frequentes, conduzindo potencialmente à redução das colheitas e da produção de alimentos se não houver uma combinação de mudança e compromisso de todos os atores sociais no combate aos impactos negativos do meio ambiente.

E quem são os mais impactados?

Os impactos das mudanças climáticas têm se tornado cada vez mais latentes no processo de intensificação da desigualdade socioeconômica, expondo os setores menos favorecidos da sociedade a uma série de efeitos devastadores à saúde, à insegurança alimentar, ao déficit na renda, dentre outros impactos negativos. Dessa forma, as populações vulneráveis são as que mais sofrem com a mudança climática. O IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) define vulnerabilidade como “o grau de suscetibilidade de um sistema aos efeitos adversos da mudança climática, ou sua incapacidade de administrar esses efeitos, incluindo variabilidade climática ou extremos”. Diante de uma realidade preocupante, é imperativo que faça ações institucionais, governamentais e também individuais para amenizarmos esse impacto nas nossas VIDAS. 

Por Roberto Rosa, ativista político.