Sábado, Novembro 16, 2024
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O “VALE TUDO” NA POLÍTICA

Todo ano eleitoral é tenso. As frentes partidárias começam definindo quem serão suas linhas de frente mas não definem uma linha de trabalho identificada com suas bases ideológicas e éticas promovendo um verdadeiro “Vale Tudo” por voto. Agora, qualquer um com um aparelho celular na mão pode fazer uma cena em frente a um buraco na rua ou a uma praça abandonada. Basta ser um bom ator ou atriz que o like nas redes estará garantido.

Isso porque para ganhar seguidores, não é necessariamente obrigatório pensar a cidade. Basta filmar qualquer coisa que está errada ou ruim e dizer que “a vida vai melhorar” por exemplo. Mas like não é voto. Então é preciso que o maior número de pessoas digam a mesma coisa da mesma forma. 

Reunir pessoas capacitadas para planejar a cidade em setores, pensar em soluções sustentáveis, definir ações e projetos programáticos de cidade e não apenas de mandatos, definir fontes de financiamento contínuo para o funcionamento da máquina pública, construir um caminho escutando a sociedade civil organizada e se aproximar do dia a dia das pessoas dentro e fora do processo eleitoral, dá trabalho. 

Porém, a corrida eleitoral é nada mais do que uma explosão de vaidades onde você vê uma verdadeira horda de candidatos preocupados em construir apenas sua própria imagem eleitoral. Ai eu pergunto: como o eleitor vai poder cobrar alguma coisa de alguém que só pensa em sua própria imagem? Pois é. É só olhar para a atual Câmara de Vereadores de Cabo Frio e para a sua atual prefeita. Basta ver a preocupação exacerbada da imprensa em criar um clima de falsa polarização entre a prefeita e o deputado deixando a discussão de CIDADE e do CIDADÃO em segundo ou terceiro plano. 

A coisa só tende a piorar porque até no “Vale Tudo” tem regras e parece que na política cabofriense, não. Fique de olho e não perca a esperança. As eleições ainda nem começaram e já tem gente ai dizendo que já ganhou. Será? Veremos!! Ainda há muita água a passar por baixo da ponte Feliciano Sodré.

Por Mardônio Gomes