Hoje é um dia de reflexão e compaixão. É um dia em que, normalmente, as famílias celebram, se unem e abraçam suas mães. Porém, não é fácil celebrar sem pensar na tragédia do Rio Grande do Sul. Famílias inteiras destruídas, perdas irreparáveis e mães que não abraçarão seus filhos mas que, apesar de tudo, não perdem o brilho e se doam para ajudar outras mães a se levantarem. Hoje é dia de reflexão porque é impossível não pensar que apesar da tristeza da perda, ainda há esperança e que são elas que nos inspiram a levantar todos os dias e seguir em frente. Hoje é dia das mães.
Hoje é um dia em que muitas mães queriam estar com seus filhos, mas não estarão porque esses filhos estão trabalhando, se voluntariando e se doando para amenizar a dor e a perda de outras famílias. A essas mães, meu sincero respeito. Hoje é um dia de mesa farta para muitos mas também é dia de luta e resiliência para outros. Hoje é dia das mães.
Penso muito em como nós poderíamos ser melhores uns com os outros sem ter uma data específica para nos lembrar disso, nos lembrar de que podemos ser humanos. É preciso mesmo que o pior aconteça com a humanidade para que se possa tirar o melhor dela? Coisas como respeitar, compartilhar, se doar, dividir, ajudar, acolher, etc, não deveriam ser virtudes e sim o nosso normal. É preciso parar para refletir nisso!
Depois de passarmos por uma devastadora pandemia e de escancararmos a nós e ao mundo o quanto somos frágeis a catástrofes, despreparados e distópicos para as realidades climáticas, vem um desastre natural de proporções apocalípticas nos mostrar de que somos humanos e de que é apenas isso que precisamos ser.
E de onde vem esse sentimento senão do útero de nossas mães? Pois é gente. É dai que trazemos tudo que somos. Podemos ser o melhor ou o pior que esse mundo de meu Deus pode ter, a escolha é nossa. Mas toda vez em que fazemos o bem, alegramos o coração de uma mãe. Meus sentimentos às mães que lutam para reconstruírem suas vidas e a todas as mães do nosso Brasil. Porque hoje é dia das mães.