O corpo completa 91 anos neste sábado (dia 27), mas a alma parece ter parado nos 19. Quem acompanha Ary Fontoura pelas redes sociais — no Instagram, ele soma 5,5 milhões de seguidores — , com seus vídeos pra lá de bem-humorados, e pela TV, na novela “Fuzuê”, na pele de Lampião, fica admirado com a vitalidade do veterano.
Junto com os parabéns pela passagem de seu aniversário, o ator com 76 anos de profissão também ganha celebração por sua vasta e relevante carreira com o lançamento do filme documental “Tributo”, no Globoplay.
— Comecei aos 15 anos. Em algumas obras que trabalhei, fui bem-sucedido. Em outras, não. Sempre digo que minha profissão não existe sem o público. Quem me coloca num pedestal ou me tira é ele. Se hoje em dia as pessoas me aceitam, seja na internet, na televisão ou no teatro, é porque elas me acompanham e gostam do que eu faço. Ao meu público eu rendo a minha maior homenagem — retribui o carinho.
Na trama das sete da Globo, Lampião reencontrou Mercedes (Ana Lúcia Torre), um grande amor do passado, e vem desenvolvendo um romance interrompido. Na vida pessoal, Ary preferiu seguir sozinho.
— Eu nunca me casei. Até poderia, mas resolvi abdicar disso em função da própria carreira. Eu me sentia meio cigano… Como ter uma família atrás de mim? Então resolvi ser um pouco egoísta e pensei naquilo que eu queria fazer. O casamento com a minha profissão foi o grande momento de decisão da minha vida — relembra o curitibano, que afirma não ter sonhos ainda não realizados: — Meus desejos são todos instantâneos e possíveis. Não fico premeditando nada. Minha filosofia é viver bem o hoje, com saúde.
Na última quarta-feira (dia 24) , Ary conheceu a mansão do “BBB 24”, como convidado do quadro “Vamo invadir sua casa”, de Marcos Veras. E apertou o botão da desistência!
— Cinquenta minutos ali dentro foram o meu limite. Não aguentaria ficar confinado por três meses… O vencedor merece até mais do que R$ 3 milhões. Fiquei claustrofóbico! — entrega o ator, que olhava enviesado para o imóvel há duas décadas: — A casa foi construída numa parte do terreno do “Sítio do Picapau Amarelo” (2001). Na época, virou uma área de circulação proibida, com cadeado. Tínhamos que atravessar uma cidade cenográfica abandonada para gravar, atrasando a nossa vida. Que curioso eu ter sido convidado para entrar ali tantos anos depois!
