Domingo, Novembro 17, 2024
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Ministro de Israel fala em lançar bomba atômica sobre Gaza

O ministro do Patrimônio de Israel, Amihai Eliyahu, afirmou neste domingo (5) durante entrevista que lançar uma bomba atômica sobre Gaza é ‘uma das opções possíveis’. A declaração foi feita na esteira da discussão sobre o envio de ajuda humanitária aos palestinos: “não teríamos dado ajuda humanitária aos nazistas. Não existem inocentes em Gaza”.

Perguntado sobre o uso de uma bomba atômica, o ministro disse ser uma opção e, lembrado dos 240 reféns mantidos pelo grupo Hamas em Gaza, ele disse que reza por um desfecho positivo, mas salientou: “também há um preço para a guerra”.

De acordo com o The Jerusalem Post, o comentário de Eliyahu foi “fortemente criticado por todo o governo”. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, um dos grandes responsáveis pelo genocídio que o país vem promovendo contra os palestinos, afirmou que “os comentários do ministro Amichai Eliyahu estão desconectados da realidade”. “Israel e as FDI funcionam de acordo com os mais altos padrões do direito internacional, a fim de evitar danos a inocentes, e continuaremos a fazê-lo até a vitória”, alegou. Mais tarde, Netanyahu anunciou que Eliyahu seria suspenso de todas as reuniões do governo até novo aviso, mas não respondeu sobre uma possível demissão do ministro.

O ministro da Defesa, Yoav Gallant, condenou os “comentários infundados” de Eliyahu: “é bom que ele não seja a pessoa responsável pela segurança de Israel”. Líder da Unidade Nacional, Benny Gantz também se manifestou: “o comentário impensado, desnecessário e irresponsável do ministro Eliyahu prejudica os valores de Israel, causa graves danos à diplomacia e, o pior de tudo, aumenta a dor das famílias dos reféns”.

Líder da oposição, Yair Lapid classificou a fala como “irresponsável”. “Ele causou danos às famílias dos reféns, à sociedade israelense e à nossa posição internacional. A presença de extremistas no governo põe em perigo a nós e ao nosso sucesso nos objetivos da guerra – a vitória sobre o Hamas e o regresso dos reféns”.