Quarta-feira, Novembro 20, 2024
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Debates educativos sobre PCD’s, em Cabo Frio, marcam atividades da programação anual da Prefeitura

Ações discutiram temas como capacitismo, bullying, violência contra a mulher, inclusão entre outros.

A palestra “Trabalho e Capacitismo” realizada nesta quinta (28), no auditório da Prefeitura de Cabo Frio, encerrou a programação anual do governo municipal para marcar o “Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência”, instituído em 21 de setembro. Os debates foram conduzidos pela pedagoga Verônica Legentil, pessoa com deficiência, especialista em Diversidade e Inclusão, e ex-subsecretária de Cuidados Especiais da Casa Civil, do Governo do Estado do Rio de Janeiro.

A programação foi realizada durante todo o mês de setembro, numa realização da Superintendência de Políticas Públicas para Pessoa com Deficiência (PCD), vinculada à Secretaria de Assistência Social. Também foram discutidos temas como bullying, violência contra a mulher, inclusão.

Durante a apresentação, a palestrante abordou a ausência de diversos dados, a exemplo da defasagem na contagem da população com deficiência no Brasil e o alto índice da taxa de analfabetismo; e a consequente ausência de políticas públicas para os PCD’s, que gera impacto no mercado de trabalho.

“Todos os índices são maiores no que se refere à população com deficiência do que na população não PCD. Além disso, a gente também se depara com a falta de reconhecimento ainda que exerçamos as mesmas funções que uma pessoa não PCD. É no dia a dia que combatemos o capacitismo, que é o preconceito social contra o PCD”, afirmou Verônica Legentil.

Além disso, ela abordou ainda os diversos tipos de capacitismo: institucional, quando empresas a partir de 100 funcionários só contratam para cumprir lei de cotas; recreativo, que é o uso de piadas pejorativas sobre a deficiência de um PDC; linguístico, uso de expressões equivocadas que aludem a algum tipo de deficiência; passivo, quando uma pessoa não PCD interrompe uma tarefa de um PCD, ainda que não tenha tido essa intenção; médico, quando relaciona as PCDs às doenças.

“Não queremos viver de favores ou benesses e, sim, com nossas competências, ajudar a construir uma sociedade mais digna, justa, que respeita e valoriza a diversidade”, corroborou a superintendente de Políticas Públicas para Pessoa com Deficiência de Cabo Frio, Idalina Araújo.

Ao longo do mês, a programação contou ainda com uma vivência com a participação de secretários municipais em cadeira de rodas, muletas, bengala e cordão para deficiência oculta para experenciarem as barreiras atitudinais, físicas e sociais as quais a pessoa com deficiência experiência no cotidiano

Os estudantes municipais também participaram das atividades e receberam a palestra “Bullying e capacitismo”, que foi realizada para alunos do Centro Educacional Marli Capp, em Tamoios.

Outro tema muito recorrente nas discussões que envolvem a pessoa com deficiência se refere à violência contra a mulher deficiente, cuja palestra da programação foi ministrada por Nilzete Oliveira, secretária executiva do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência (Comud-PCD).