Terça-feira, Novembro 26, 2024
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Pastor e cantora gospel são alvos da operação da PF que mira organizadores da ‘festa da Selma’ do 8/1

A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira uma nova fase da Operação Lesa Pátria. Entre os alvos de mandados de prisão, estão o pastor Dirlei Paiz, de Blumenau (SC), e a cantora evangélica Fernanda Oliver, de Tocantins. Eles são suspeitos de organizarem e divulgarem a chamada “Festa da Selma” – codinome para a convocação de caravanas a Brasília no fim de semana de 8 de janeiro, quando as sedes dos Três Poderes foram invadidas e depredadas.

A PF está cumprindo dez mandados de prisão e outros 16 de busca e apreensão em seis estados – Distrito Federal, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina, Bahia. As ações foram determinadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Dias antes dos atos golpistas, o pastor Dirlei Paiz usou as suas redes sociais para promover as viagens a Brasília, dizendo que aquele fim de semana seria uma “data do povo patriota”. Em vídeo postado em 6 de janeiro, ele dá instruções sobre como embarcar em ônibus em cidades catarinenses para ir à capital federal.

— Pessoal, tem ônibus ainda disponível para você ir a Brasília. Você entra em contato conosco e eu vou te passar todos os dados — afirmou ele, acrescentando que as manifestações naquele momento estavam chegando a um novo momento. Segundo ele, o povo deveria sair da frente dos quarteis e acampar em frente ao Planalto para “fazer pressão” e alcançar “a “vitória que nós queríamos no dia 30, quando fomos golpeados”.

— Entendemos que esse é o momento que o povo precisa se aglutinar em Brasília em busca da sua liberdade, buscando a transparência naquilo que nós não concordamos na eleição de 2022. (…) O Brasil todo está se movimentando para esse ato de sábado, domingo, segunda-feira. Nós estamos conversando em alguns grupos. A estimativa é chegar a 4, 5 milhões em Brasília — disse ele, no vídeo.

De Blumenau, no interior de Santa Catarina, o pastor articulou as caravanas pelas redes sociais, mas acabou não compareceu aos atos em Brasília